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Estudante: Larissa de Carvalho Medrado Vasconcelos
Orientação: Fred Luciano Neves Santos
Co-orientação: Isadora Cristina de Siqueira
Título da Dissertação: “AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO DA FRAÇÃO RBD DA PROTEÍNA SPIKE DO SARS-COV-2 PARA O IMUNODIAGNÓSTICO DA COVID-19”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 13/07/2023
Horário: 14h00
Local: Sala de Vídeoconferência e Zoom
ID da reunião: 893 9206 5744
Senha de acesso: larissa
Resumo
INTRODUÇÃO: O SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2) é um betacoronavírus pertencente à família Coronaviridae. A COVID-19, doença causada pelo vírus, apresenta quadro clínico inespecífico e de gravidade variada. O diagnóstico padrão da fase aguda é através de ensaios moleculares, no entanto imunoensaios são utilizados para fornecer informações complementares. Dentre as proteínas do SARS-CoV-2, a fração RBD da proteína Spike consiste em um potencial candidato para ser usado como matriz antigênica em ensaios sorológicos indiretos. OBJETIVO: Avaliar o desempenho diagnóstico da fração RBD da proteína Spike do SARS-CoV-2 para o imunodiagnóstico da COVID-19. MATERIAL E MÉTODOS: A fração recombinante RBD foi cedida pelo Instituto de Desenho de Proteínas (Institute for Protein Design, Seattle-WA, EUA). O ELISA indireto foi padronizado para determinação da melhor quantidade do antígeno RBD, e a melhor titulação do anticorpo secundário IgG e IgM e das amostras séricas. A avaliação do potencial diagnóstico da RBD foi realizada utilizando 705 amostras séricas caracterizadas através de testes comerciais para detecção do SARS-CoV-2, sendo 354 amostras positivas para COVID19 e 351 negativas, obtidas de doadores de sangue antes do início da pandemia. Para a avaliação da reatividade cruzada foram utilizadas 135 amostras pré-pandemia positivas para outras doenças infecto-parasitárias. RESULTADOS: Após a definição das melhores condições para realização dos imunoensaios, o RBD-ELISA IgG apresentou boa capacidade diagnóstica com AUC de 84,6%, sensibilidade de 48%, especificidade de 99,1% e acurácia de 73,5%. Já o RBD-ELISA IgM demostrou capacidade diagnóstica razoável com AUC de 76,5%, sensibilidade de 51,1%, especificidade de 94,6%, e acurácia de 72,8%. Ao estratificar as amostras pelo intervalo de coleta após início dos sintomas, foram observadas diferenças nos parâmetros de desempenho para ambos os testes, os quais mostraram-se maiores para amostras coletadas no intervalo de 15-21 dias. Ao avaliar a reatividade cruzada, o RBDELISA IgG obteve uma taxa de 4,4% (6/135) de reatividade, enquanto o RBD-ELISA IgM teve apresentou taxa de 3,7% (5/135). CONCLUSÃO: O RBD-ELISA IgG e IgM são capazes de diferenciar amostras positivas de negativas, apresentando boa capacidade diagnóstica. Quando realizada a estratificação dos resultados por data da coleta após a data do início dos sintomas, ambos os testes apresentaram elevado desempenho no intervalo de 15-21 dias. Todavia, o uso dos testes em paralelo possibilitou o aumento nos parâmetros de desempenho independente do período em que a coleta da amostra foi realizada. Palavras-chave: Sorodiagnóstico da COVID-19; RBD; Spike, SARS-CoV-2.