Dissertação avalia a associação entre eventos cardiovasculares autorreferidos e autoavaliação de saúde

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Autoria: Philipe Faria Santos
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da tese: “AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE E EVENTOS CARDIOVASCULARES EM PARTICIPANTES DO ELSA-Brasil”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 27/11/2020
Horário: 14h
Local: Sala Virtual do Zoom | ID da reunião 979 8773 6280

RESUMO

INTRODUÇÃO: Doenças cardiovasculares (DCV) representam um conjunto de doenças que acometem o coração e os vasos sanguíneos e estão entre as principais causas de hospitalizações e mortes no país. Apesar de prevenível, a morbimortalidade por DCV é elevada. A gestão dos fatores de risco e controle adequado da doença podem ser influenciados pela autoavaliação que os indivíduos têm da sua saúde. Estudos têm demonstrado que a autoavaliação de saúde(AAS)é um importante preditor de morbimortalidade. Logo, este estudo tem por objetivo avaliar a associação entre a ocorrência de eventos cardiovasculares autorreferidos e autoavaliação de saúde.

MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal, com os dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto-ELSA-Brasil (2008-2010). A variável independente principal foi evento cardiovascular autorreferido. Para este estudo foram considerados eventos cardiovasculares: acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM)e insuficiência cardíaca(IC). Sexo, idade, escolaridade, estilo de vida e comorbidades, como diabetes e hipertensão arterial foram as covariáveis. A variável dependente foi autoavaliação de saúde. Para caracterização dos participantes foram calculadas frequências absolutas e relativas. Teste Qui-quadrado de Pearson foi realizado para verificar as diferenças entre os grupos. Regressão logística simples e multivariadacom seleção backwardfoirealizada para investigar a associação entreeventos cardiovasculares autorreferidos e autoavaliação de saúde. Para verificar a bondade de ajuste do modelo foi realizado teste lfit e área sob a curva ROC.

RESULTADOS: A frequência de autoavaliação de saúde (AAS) ruim foi 19,8%. A chance de ter AAS ruim foi maior entre os indivíduos com histórico de AVC (OR:3,22 [2,15-4,82]), IAM(OR:5,77 [3,81-8,75])e IC(OR:4,91 [3,36-7,16]) quando comparado com indivíduos que não relataram essas doenças. Após ajuste para condições socioeconômicas, condições de saúde e estilo de vida, o histórico de pelo menos um evento cardiovascular autorreferido permaneceu associado a AAS ruim entre homens (OR:1,81 [1,46-2,25]) e mulheres (OR:2,04 [1,61-2,58]).

CONCLUSÃO: Esses resultados reforçam a importância da adoção de hábitos de vida saudável, controle adequado das condições de saúde preexistente para melhoria da autoavaliação de saúde e, consequentemente, redução de mortalidade precoce.

Palavras-Chave: Autoavaliação. Saúde. Doenças cardiovasculares. Estudos Transversais.

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