Dissertação analisa trajetória de pacientes brasileiras com câncer de ovário

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Discente: Marcella Marinelli Salvadori
Orientador: Patrícia Sampaio Tavares Veras
Título da dissertação: “A TRAJETÓRIA DA PACIENTE COM CÂNCER DE OVÁRIO EM UM CENTRO ONCOLÓGICO BRASILEIRO”
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 03/05/2023
Horário: 15h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 863 3108 3503
Senha de acesso: marcella

Resumo

INTRODUÇÃO:O câncer de ovário é a neoplasia mais letal do aparelho reprodutor feminino. Carecemos de dados clínicos-patológicos que caracterizem a trajetória das pacientes brasileiras com câncer de ovário. OBJETIVO: Relacionar as características clínico-patológicas com os desfechos das pacientes com câncer epitelial de ovário em um cenário de mundo real. MATERIAL E MÉTODOS: Realizamos um estudo de série de casos, com base nos prontuários médicos das pacientes com câncer epitelial de ovário tratadas em serviço privado especializado em tratamento oncológico em Salvador/BA no período de 2005 a 2021.Foram excluídas as pacientes com dados insuficientes para refletir toda a sua trajetória desde o diagnóstico ao tratamento do câncer de ovário. RESULTADOS: 596 pacientes com CID10 C56 foram tratadas em nossa instituição no período proposto e 146 pacientes elegíveis para o estudo. Aidade média ao diagnóstico foi de 60,0 anos (±12,4), 88,1% das pacientes iniciaram o tratamento em um intervalo inferior a 60 dias, 54,1% realizaram algum teste para o BRCA e a sobrevida global (SG) em 5 anos para toda a amostra foi de 64,4%. Na análise de SG em 5 anos de acordo com o ECOG houve diferença com significância estatística entre o ECOG 0 e ECOG 1 (HR 0,22, CI 95%, 0,13 – 0,72, p= 0,007). Na análise de SG em 5 anos de acordo com o estágio houve diferença com significância estatística na comparação I e II versus IV (HR 0,07, CI 95%,0,02-0,2, p = < 0,001) e III versus IV (HR 0,32, CI 95%,0,13-0,78, p=0,002). A idade média no óbito foi de 65,5 anos (±10,7). CONCLUSÃO: Avaliação retrospectiva de um único centro mais completo encontrada na literatura nacional descrevendo a trajetória da paciente com câncer de ovário. O intervalo para o início do tratamento mais curto no serviço privado sugerindo maior efetividade no tratamento de câncer de ovário em relação ao sistema público de saúde. Quase 50% das pacientes da amostra não foram submetidas a algum teste do BRCA e, portanto, oportunidades terapêuticas e de prevenção foram perdidas. Na análise univariada, estágio avançado conforme a FIGO e pacientes sintomáticas (ECOG 1) associaram-se a piores desfechos de sobrevida global. Palavras-Chaves: Câncer de ovário, prognóstico, sobrevida, teste do BRCA, Brasil.

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