Dissertação analisa papel da inflamação da matriz extracelular na leishmaniose

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Autoria: Cibele Tereza Deolinda Machado Orge
Orientação: Antônio Ricardo Khouri Cunha
Título da dissertação: “Papel da inflamação e degradação da matriz extracelular na leishmaniose cutânea localizada”.
Programa: Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ
Defesa: 26/05/2020
Horário: 09:00 

RESUMO

INTRODUÇÃO: As leishmanioses são antropozoonoses consideradas um grande problema de saúde pública possuindo caráter endêmico em cerca de 98 países e territórios, afetando 12 milhões de pessoas em todo o mundo e crescendo a uma taxa de 1,5 milhão de novos casos por ano. No Brasil, a LCL é uma das patologias dermatológicas que necessita de atenção, além de ser uma doença com alta morbidade também possui um caráter social estigmatizante devido a ocorrência de lesões desfigurantes, principalmente em locais expostos como a face. Durante a formação da lesão cutânea o processo inflamatório estimula a produção de metaloproteases e outras enzimas que estão relacionadas a degradação da matriz extracelular. Essa degradação possui papel fundamental numa reeptelização/cicatrização mais rápida do tecido. O perfil de metaloproteases pode estar associado a danos no tecido durante a infecção como também à uma resposta satisfatória ao tratamento.

OBJETIVO: Avaliar o papel do processo inflamatório e proteases na degradação e formação da matriz extracelular, a fim de entender o impacto destes na formação da lesão na LCL.

MÉTODO: Analisamos amostras de lesão de orelha e linfonodo através de microscopia ótica (histopatologia), microscopia eletrônica de transmissão, imunoensaio por técnica de luminex (quantificação de citocinas e metaloproteases) e ensaio de degradação das matrizes tridimensionais fluorescentes, semanalmente, até a cicatrização da lesão (70 dias).

RESULTADOS: Através do acompanhamento macroscópico, histopatológico e proteico da orelha e do linfonodo de drenagem, pudemos caracterizar e descrever o processo inflamatório celular e de organização da matriz extracelular. Constatamos a presença de amastigotas de Leishmania braziliensis desde o sétimo dia de infecção até a cicatrização da lesão (70 dias).

CONCLUSÃO: Nosso estudo possibilitou a caracterização e quantificação da degradação da matriz extracelular, das metaloproteases e avaliação da produção de citocinas pró e anti-inflamatórias no modelo murino de LCL. Entretanto, mais estudos são necessários para destrinchar estes perfis.

Palavras chave: Leishmaniose Cutânea, L. braziliensis, Inflamação, Matriz Extracelular, Metaloproteases.

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