Dissertação analisa bioprinting para avaliação de estruturas cell-in-cell em câncer

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Discente: Leonardo de Oliveira Siquara da Rocha
Orientação: Clarissa Gurgel de Araújo Rocha
Título da dissertação: “ESTUDO MORFOLÓGICO DE ESFERÓIDES TUMORAIS COMO MODELO PARA AVALIAÇÃO DE ESTRUTURAS CELL-IN-CELL EM CARCINOMA ORAL DE CÉLULAS ESCAMOSAS”.
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 14/02/2023
Horário: 15h30
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 854 0639 0789
Senha de acesso: Ensino

Resumo

INTRODUÇÃO: O carcinoma oral de células escamosas (CECO) é um problema de saúde mundial. As interações celulares contribuem para a agressividade tumoral através de mecanismos como a formação de estruturas cell-in-cell (CIC). No entanto, somente com o desenvolvimento dos modelos in vitro 3D, se tornou possível estudar a biologia desses eventos. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é estudar o modelo de magnetização celular (bioprinting) de esferóides como ferramenta para avaliação das estruturas cell-in-cell em carcinoma oral de células escamosas. MATERIAIS E MÉTODOS: A linhagem metastática de CECO (HSC3) e os linhagem de fibroblastos associados ao câncer (FACs) (CAF1) foram selecionadas para obtenção de esferóides tumorais utilizando o sistema de bioprinting com NanoshuttlesTM (Greiner Bio-One). Em placas repelentes de 24 poços (Greiner Bio-One), as células foram plaqueadas em grupos de esferoides homotípicos e heterotípicos. O protocolo de plaqueamento foi modificado para eliminar a etapa de levitação e reduzir o número de beads magnéticas. Os esferóides foram avaliados nos tempos de 6h, 12h, 24h, 48h e 72h (EvosTM XL) e suas medidas unidimensionais foram registradas (Image J versão 1.8). Os esferóides foram seccionados para obtenção de lâminas e foram submetidos ao processamento e coloração com hematoxilina e eosina (H/E). As lâminas foram escaneadas (Axio Imager Z2/VSLIDE) e as análises foram feitas por meio do visualizador OlyVIA. Avaliação histomorfológica foi realizada considerando morfologia celular e formação de zonas tumorais (zonas de hipóxia e proliferativa). A contagem de estruturas CIC foi realizada considerando a porcentagem de eventos CIC pelo número total de células em áreas de centro e periferia dos esferóides. Para identificação das estruturas CIC, foi considerado o padrão morfológico de “anel de sinete” ou “olho de pássaro”. RESULTADOS: Com apenas 6h de bioprinting, já houve formação de esferóides tumorais. O protocolo modificado permitiu a formação de esferóides homotípicos e heterotípicos de tamanho e integridade reprodutíveis. Na análise das colorações em H/E, observou-se reprodução da espacialidade e morfologia compatível com o microambiente tumoral, com formação de zonas de hipóxia (centro) e proliferação (periferia). Foi observado afrouxamento e hipercromatismo celular na periferia dos esferóides. Estruturas CIC foram localizadas em todos os grupos, predominantemente na zona proliferativa dos esferóides mistos com FACs. Foram registrados eventos de “canibalismo complexo”, nos quais uma célula englobada contém outra em seu interior. CONCLUSÃO: O modelo de bioprinting viabiliza a obtenção de esferóides tumorais homotípicos e heterotípicos que reproduzem características histomorfológicas do carcinoma oral de células escamosas. A ocorrência de estruturas CIC foi maior na presença dos FACs e na zona proliferativa dos esferóides. Este modelo pode ser utilizado no aprofundamento dos estudos dos eventos CIC, dos seus mecanismos de formação e na sua relação com marcadores de prognóstico tumoral.
Palavras-chave: Esferoides tumorais; Carcinoma oral de células escamosas; Canibalismo celular; Estruturas cell-in-cell; Fibroblastos associados ao câncer;

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