Desenvolvimento de nanopartículas para terapia de infarto no miocárdio é alvo de dissertação

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AUTORA: Helenita Costa Quadros
ORIENTADOR: Fabio Rocha Formiga
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “DESENVOLVIMENTO DE NANOPARTÍCULAS PARA A LIBERAÇÃO DE ADRENOMEDULINA-2 NO MIOCÁRDIO INFARTADO”
PROGRAMA:
Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 28/02/2018

RESUMO

INTRODUÇÃO: O infarto do miocárdio (IM) representa a manifestação mais significativa da cardiopatia isquêmica em todo o mundo. Atualmente, os tratamentos utilizados são invasivos, de alto custo e difícil acesso pelo sistema público de saúde, além de não apresentarem a capacidade de reparo do coração. Neste sentido, nanopartículas (NPs) à base do copolímero poli (ácido lático-co-glicólico, PLGA) têm sido investigadas como carreadores potenciais de biomoléculas para o quadro de regeneração do miocárdio lesionado, devido ao seu baixo potencial imunogênico, adequado perfil de biodegradação e alta biocompatibilidade com o tecido cardíaco. A adrenomedulina-2 (ADM-2), identificada como um novo fator angiogênico, demonstra alto potencial terapêutico em disfunções endoteliais.

OBJETIVO: Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi produzir nanopartículas poliméricas para o delivery do fator de crescimento ADM-2 no miocárdio infartado.

MATERAIS E MÉTODOS: Após a produção de pré-formulações e a padronização da formulação à base de nanopartículas com albumina (BSA) pelo método de emulsão múltipla e extração de solvente, nanopartículas contendo ADM-2 foram preparadas, e em seguida caracterizadas quanto aos parâmetros físico-químicos e atividade biológica in vitro.

RESULTADOS: Em suspensão, as partículas foram caracterizadas quanto ao tamanho, índice de polidispersão (PdI) e potencial zeta por espalhamento de luz dinâmico. NPs-ADM-2 apresentaram diâmetro médio de 312,1 nm ± 1,3, PdI de 0,34 ± 0,01 e potencial zeta de em torno de -31 mV, sem a presença de agregados. Após 30 dias, houve um leve aumento de tamanho e PdI, mas sem alteração no potencial zeta. Além disso, NPs-ADM-2 foram avaliadas quanto à morfologia por microscopia eletrônica, apresentando dispersas, com forma esférica e superfície lisa. A eficiência de encapsulação foi de 67,28% determinada por ELISA, correspondendo a 134,5 ng de ADM-2 por mg de formulação. NPs-ADM-2 apresentaram compatibilidade in vitro com macrófagos da linhagem J774 e cardiomiócitos da linhagem H9c2, conforme ensaios de citotoxicidade por AlamarBlue®. Com relação à bioatividade, ADM-2 encapsulada das nanopartículas foi capaz de estimular a proliferação celular das linhagens endoteliais HUVEC e EA.hy926, indicando que a atividade biológica deste fator de crescimento foi preservada após seu processo de formulação de em nanopartículas de PLGA.

CONCLUSÃO: Este trabalho é o primeiro estudo de desenvolvimento de uma nanoformulação de ADM-2, com potencial de inovação no âmbito da terapia com fatores de crescimento direcionada ao infarto do miocárdio. 

Palavras-chave: Adrenomedulina-2; nanopartículas de PLGA; infarto do miocárdio.

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