Definição da espessura de membrana para o diagnóstico de doenças glomerulares na Bahia é objeto de dissertação

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AUTORA: Débora Leal Viana 
ORIENTADOR: Washington Luis Conrado dos Santos
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “Definição da espessura da membrana basal glomerular para o diagnóstico de doenças glomerulares na bahia – um estudo em biópsia”
PROGRAMA: Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 25/01/2018

RESUMO

INTRODUÇÃO: Glomerulopatias constituem a terceira causa de insuficiência renal no Brasil. Algumas dessas enfermidades estão associadas a defeitos na membrana basal glomerular (MBG), alterando sua espessura e compactação. Apesar de existirem parâmetros gerais da espessura normal da MBG, devido as variações encontradas em diferentes estudos, recomenda-se que valores normais para a MBG seja estabelecida nos diferentes serviços de diagnóstico nefropatológicos.

OBJETIVO: Definir a espessura normal da MBG na população submetida a biópsia renal em Salvador.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de corte transversal com amostras de tecido renal de pacientes submetidos ao serviço de referência em nefrologia da Bahia e analisados no Instituto Gonçalo Moniz (IGM) – FIOCRUZ- BA. Foram incluídos pacientes com diagnóstico morfológico de alterações glomerulares mínimas, e excluídos os pacientes com Diabetes Mellitus ou hematúria. As amostras foram analisadas por microscopia eletrônica de transmissão e em seguida foram aplicados dois métodos para mensurar a espessura da MBG, o método do direto (MD) e o método de interceptação ortogonal (MIO).

RESULTADOS: Foram analisadas amostras de 32 pacientes, com idade que variaram de 3 a 62 anos, sendo 20 (62.5%) do sexo masculino e 12 (37.5%) do sexo feminino. Os valores encontrados da espessura normal da MBG na população de Salvador pelo MD foi de 380,4 ± 48,71nm (média ± SD) e pelo MIO foi de 373,5 ± 48,91nm (média ± SD). Observou-se correlação positiva nos valores encontrados nos dois métodos aplicados para mensurar a espessura da MBG. Não houve diferenças estatisticamente significantes da espessura da MBG com relação a idade ou ao sexo dos pacientes.

CONCLUSÕES: Este é o primeiro trabalho apresentando estimativa da espessura normal da MBG de seres humanos realizado na Bahia, que poderá ser utilizado no auxílio diagnóstico doenças glomerulares.

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