Defesa apresenta tema sobre o Perfil Clínico e Epidemiológico dos casos confirmados de MPOX na Bahia; uma análise do período de julho de 2022 a dezembro de 2024

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Aluna: Luana Maria Vital Chaves

Orientadora: Dra. Theolis Costa Barbosa Bessa

Título da Dissertação: PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS DE MPOX NA BAHIA: ANÁLISE DO PERÍODO DE JULHO DE 2022 A DEZEMBRO DE 2024″

Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional

Data: 21/11/2025

Horário: 8H30

Local: Sala Zoom Virtual 04

ID: 867 0347 5996

Senha: defesa

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Titulares:

Dra. Raquel Proença de Oliveira -Ministério da Saúde

Dr. Wildo Navegantes de Araújo -Unb

Dra. Theolis Costa Barbosa Bessa – IGM/Fiocruz (Orientadora e Presidente da Banca)

Suplente:

Dr. Carlos Antônio de Sousa Teles – IGM/Fiocruz

RESUMO:

INTRODUÇÃO: A mpox é uma doença viral zoonótica causada pelo Monkeypox virus
(MPXV). É endêmica em países do continente africano, porém a partir de 2022 foram
registrados diversos casos em outros países, inclusive no Brasil. O primeiro caso da
mpox na Bahia foi registrado em julho de 2022. Este trabalho analisou o perfil clínico
e epidemiológico dos casos confirmados de mpox na Bahia entre julho de 2022 e
dezembro de 2024. MÉTODOS. Trata-se de um estudo descritivo, observacional,
retrospectivo, de dados secundários, que contemplou variáveis sociodemográficas,
epidemiológicas e clínicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO. Foram confirmados 253
casos (1,83% do total no Brasil), sendo 146 casos em 2022, 39 em 2023 e 68 em 2024.

Houve forte concentração em Salvador (73,5%), além de registros em
municípios de médio porte e relevância turística, como Porto Seguro, Vitória da
Conquista e Feira de Santana. Predominaram homens (92,9%) cisgênero (73,9%),
com média de idade de 31,5 anos, raça/cor parda (42%) e homossexuais (53%). Esse
padrão reflete a dinâmica de transmissão associada a redes sexuais específicas,
semelhante ao observado em outros países. Clinicamente, predominaram as lesões
ou erupções cutâneas (87%), febre (60%), dor ou mialgia (46%), cefaleia (32%), e
lesões localizadas nas regiões genital (32%) e anal (29%). A maioria dos casos
apresentou evolução autolimitada, com taxa de cura de 64%, sendo que dois óbitos
registrados ocorreram por causas não atribuídas diretamente à mpox. Houve 31
hospitalizações (12,3%), principalmente de pessoas vivendo com o vírus da
imunodeficiência humana (HIV), configurando a coinfecção como fator de risco para
evolução desfavorável. O antiviral Tecovirimat foi utilizado em 0,8% dos casos,
enquanto a maior parte recebeu apenas tratamento de suporte. CONCLUSÕES.
Destaca-se a necessidade de ações preventivas, direcionadas a populações-chave a
evitar complicações, e de monitoramento, com a instituição de uma vigilância
genômica ativa para o acompanhamento das variantes circulantes do vírus.
Palavras-chave: Mpox. Doenças virais emergentes. Distribuição geográfica.

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