Debates sobre ensino, pesquisa e produção marcam 50ª reunião do FUR

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A Fiocruz Bahia sediou, nos dias 13 e 14 de novembro, a 50ª Reunião do Fórum das Unidades Regionais da Fiocruz (FUR), que teve como tema central Contribuição para a Agenda Estratégica de Integração de Ensino, Pesquisa e Produção para a Translação em Saúde. A mesa de abertura contou a participação da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), Manoel Barral Netto, e a coordenadora da Escola Fiocruz de Governo (Fiocruz Brasília), Maria Fabiana Damásio. “A reunião foi bastante proveitosa, um momento bastante produtivo, pois reúne os diretores das unidades regionais em uma discussão sobre os problemas em comum para a busca de soluções” disse Marilda Gonçalves.

O objetivo do encontro foi a criação de uma agenda estratégica de necessidades que oriente os campos da educação, pesquisa e referência, de acordo com definições da alta gestão da instituição. Manoel Barral ministrou a primeira apresentação que deu atenção especial à internacionalização da educação da Fundação. “A Fiocruz é uma das melhores instituições brasileiras: que mais produz, com um enorme esforço em pós-graduação. Cobrimos todas as áreas da saúde, temos formação de pessoal, produção científica compatível e grande inserção internacional. Pelo fato de o FUR estar presente em diferentes regiões do país, as unidades regionais têm um papel fundamental nesta discussão”, declarou o vice-presidente.

O pesquisador e coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/ Fiocruz Bahia) Maurício Barreto, em apresentação intitulada “Os Desafios para a saúde global no contexto de ampliação das desigualdades e dos riscos ambientais e tecnológicos: reflexões sobre a Fiocruz do futuro”, afirmou que a reunião é uma oportunidade de articulação, de enfatizar a importância das unidades regionais dentro do sistema Fiocruz como um todo. “Além de ser uma instituição científica, a Fiocruz é uma instituição que se preocupa com o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, portanto tem que ser global. Os recursos científicos serão sempre limitados, cabe às instituições e às universidades brasileiras pensar como eles serão utilizados”, defendeu.

O FUR iniciou em 2011, com discussões sobre orçamento e, ao longo do tempo, ampliou-se para outros temas, explicou a diretora da Fiocruz Minas, Zélia Profeta. “O que estamos mostrando durante esses anos é a possibilidade de fazer interlocuções, pensar projetos mais integradores, propostas mais robustas e que podem contribuir em diferentes aspectos para o fortalecimento da Fundação. O encontro nos permite pensar as especificidades de cada território e colocá-las na perspectiva da Fiocruz nacional para trabalhar com a estratégia dos dirigentes pensando na perspectiva de Sistema Fiocruz”, concluiu.

Zélia defendeu que cada unidade passa a ser um interlocutor relevante na articulação com governos estaduais e outros atores estatais para a consolidação da nacionalização da Fiocruz. Assinatura de convênios foi realizada em Brasília, estamos com trabalhos adiantados em Minas Gerais, Bahia e Rondônia. “A Fiocruz tem uma estrutura invejável, desde pessoas fazendo pesquisas básicas, até a fábrica, passa pelo hospital, tem escola de nível médio com formação de profissionais, tem as unidades em diferentes estados e especialistas muito competentes. Podemos trabalhar e ajudar muito na perspectiva do desenvolvimento do país e em busca de soluções. É uma instituição apaixonante e impressionante”, avaliou.

Também tiveram destaque as apresentações dos pesquisadores recém concursados, da organização de pesquisa médica sem fins lucrativos Chan Zuckerberg Biohub e do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) Marco Krieger, que abordou o tema “O complexo econômico industrial na saúde Fiocruz e o desafio da suficiência de insumos críticos para o SUS”.

Em reunião para fechamento das atividades do FUR, foi debatida uma agenda para 2018. Provavelmente, as próximas reuniões temáticas devem acontecer no Ceará, Rondônia, Manaus e Brasília. Somente em 2019, a Bahia deve sediar uma nova edição do evento.

O FÓRUM

A Fundação Oswaldo Cruz é uma instituição Federal que possui 27 unidades no país, das quais 17 estão sediadas no Rio de Janeiro. As outras 10 localizadas em outros estados são chamadas unidades regionais e estão distribuídas nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Piauí, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Rondônia, além do Distrito Federal.

O Fórum das Unidades Regionais da Fiocruz (FUR) constituiu-se em um espaço de reflexão, articulação, intercâmbio de experiências e discussão técnico-política sobre temas comuns às unidades, para proposição, aprimoramento e integração de ações relacionadas à pesquisa e inovação, ao ensino e à gestão em saúde, visando contribuir para o fortalecimento da presença nacional e regional da Fiocruz no território.

Os encontros temáticos acontecem três vezes por ano, alternadamente em uma das unidades regionais e regularmente antes da reunião do Conselho Deliberativo (CD) da Fiocruz no Rio de Janeiro. Participam das reuniões diretores, vice-diretores e outros integrantes das unidades regionais e das demais unidades, além de convidados externos. As discussões resultantes dos encontros promovidos pelo Fórum vêm impulsionando o trabalho de construção de uma agenda coletiva e integrada para o desenvolvimento estratégico da instituição.

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