Cursos de pós-graduação na Fiocruz Bahia mantêm qualidade em avaliação da Capes 

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Impacto social, produção acadêmica, coerência das linhas de pesquisa e colaboração internacional. Atendendo a esses e outros critérios, os programas de pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), da Fiocruz Bahia, e em Patologia Humana e Experimental (PgPAT), da Universidade Federal da Bahia em ampla associação com a Fiocruz Bahia, receberam nota 6, considerada de excelência, na Avaliação Quadrienal (2017-2020) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Com a primeira turma iniciada em 2020, o Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PgPCT) recebeu nota 3 na avaliação, o que garante a habilitação do curso, sendo recomendado pela Capes.

Claudia Brodskyn, vice-diretora de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia, refere-se às avaliações como grandes conquistas. “Essas vitórias foram obtidas graças ao esforço de todos os professores, mas sobretudo das coordenadoras e dos vice-coordenadores, que estiveram atentos a todas as modificações impostas pela Capes neste período de avaliação. Realizaram um trabalho magnífico e merecem todas as congratulações”, celebra. “Não temos medido esforços para continuar nesta jornada de excelência e buscando cada vez mais aperfeiçoar nossos métodos pedagógicos, ajudando os docentes e discentes a finalizarem seus projetos de estudo”, declara Brodskyn. “Continuaremos lutando e acolhendo nossos estudantes e professores para que em breve cheguemos a nota 7”.  

O relatório Sucupira, da avaliação acerca dos resultados do PgPAT, destaca que os docentes geram impacto social e educacional pois, trabalham em áreas endêmicas para diversas doenças. “Por fim, o programa mostra dinamismo na busca pela excelência e vem se firmando dessa forma no cenário nacional”. Para a coordenadora do curso, Clarissa Gurgel, esses e outros indicadores demonstram a qualidade que o programa desenvolveu desde sua criação, em 1973.  

“Historicamente, o PGPAT é um programa que impacta a saúde pública e a educação brasileira, especialmente na região Nordeste. A produção intelectual, formação discente e projetos inovadores colocam o programa como um núcleo na formação em ciências da saúde, contribuindo para o desenvolvimento do país”, relata Clarissa.  A trajetória do curso chegará a um marco especial em 2023: o PgPAT irá completar 50 anos de existência. “O programa foi um dos primeiros da UFBA e a sua história se confunde com a consolidação da Fiocruz na Bahia e formação dos primeiros mestres e doutores no Estado. Hoje, muitos deles são professores e pesquisadores renomados, inclusive da UFBA e da Fiocruz”, continua a professora e egressa do curso.  

O PgBSMI construiu em seu histórico uma forte abrangência de estudos, com quatro áreas de concentração e 11 linhas de pesquisa. Deborah Fraga, coordenadora do programa, avalia a nota 6 da Capes como uma conquista coletiva. “Esse é um esforço coletivo da instituição, da direção, da coordenação do programa, dos professores, dos alunos. Tem muita gente construindo esse resultado. Eu sou egressa do programa, fiz parte da primeira turma e hoje o coordeno. É algo que eu participei desde o início”, afirma com orgulho.  

“Formamos alunos que vão para a docência, formar novos indivíduos, e temos também uma parte de alunos que vão para o SUS, outra que vai trabalhar na vigilância, ou no LACEN e nas Secretarias de Saúde. Temo projetos que trabalham nas áreas endêmicas, eles dão muito retorno a comunidade, fazendo diagnóstico, palestras, cursos e treinamento de agentes de saúde. Então, há coisas sendo desenvolvidas por nossos professores que trazem um impacto social para essas áreas afetadas”, comemora a professora. Assim como a coordenação do PgPAT, a nota 6 proporciona ao programa um horizonte de maiores esforços em busca da avaliação máxima da Capes. Fraga compartilha que os esforços serão concentrados na questão da inovação das metodologias adotadas, na internacionalização do curso e na produção cooperada entre docentes e discentes.  

O PgPCT foi aprovado em 2015, e em 2019 foi obtido o orçamento necessário para viabilizar as atividades. No entanto, as atividades presenciais, que se iniciaram em março de 2020, foram interrompidas pela pandemia e só retornaram, de forma virtual, em julho do mesmo ano. A avaliação da Capes para cursos de Mestrado Profissional, como o PgPCT, varia entre as notas 3 a 5, sendo a nota 3 o mínimo necessário para o curso ser credenciado.  

Com o aval da Capes e o andamento das atividades, a coordenadora do curso, Maria da Conceição de Almeida, guarda boas expectativas para o futuro do PgPCT. “As recomendações são passíveis de serem atendidas, uma vez que agora iremos começar com as publicações e as defesas. Daqui a um ano já poderemos avaliar nossos egressos”.  Ela ressalta que não houve desistências entre os 24 alunos selecionados para a primeira turma, entre os quais 11 são provenientes de instituições públicas. “Nós estamos junto à diretoria e às vices-diretorias de Ensino e de Pesquisa empenhados em captar recursos para uma nova turma. Já temos pessoas interessadas, nos procurando para se candidatar a uma nova rodada do curso” compartilha a pesquisadora.

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