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Estudante:Â Viviane de Matos Ferreira
Orientação: Leila Carvalho Campos
TÃtulo da tese: Caracterização fenotÃpica e genética de Bordetella pertussis isoladas na Bahia, no perÃodo de 2011 a 2019
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa:Â 09/09/2024
Horário: 09h00
Local: Sala de videoconferência e Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 880 7395 1872
Senha: viviane
Resumo
INTRODUÇÃO: A coqueluche é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Essa doença pode ocorrer em indivÃduos de qualquer faixa etária, sendo que os lactentes menores de seis meses constituem o grupo mais propenso a apresentar formas graves da doença. Nas últimas décadas, a coqueluche ressurgiu em paÃses com alta cobertura vacinal tornando-se assim uma das doenças imunoprevinÃveis com maior prevalência no mundo. A reemergência da coqueluche tem sido associada a diversos fatores que vão desde as novas técnicas para diagnóstico até queda da imunidade conferida pela vacina e adaptação do patógeno. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo realizar a caracterização fenotÃpica e genética de cepas de B. pertussis isoladas na Bahia, no perÃodo de 2011 a 2019. MÉTODOS: Um total de 178 cepas de B. pertussis, provenientes da coleção de culturas do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (LACEN-BA), foram recuperadas por métodos clássico microbiológicos. As caracterÃsticas fenotÃpicas foram avaliadas pelo método de soroaglutinação, ensaio imunoenzimático e imunoblotting. As caracterÃsticas genéticas dos isolados foram analisadas por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE) e sequenciamento do genoma completo (WGS). RESULTADOS: A maioria das cepas foi isolada em indivÃduos menores de 1 ano de idade, sendo 56,9% (58/102) provenientes de indivÃduos com idade ≤ 2 meses. A maioria das cepas foram isoladas entre 2011- 2014 (89,9%), sendo o ano de 2014 o que apresentou maior frequência de isolados ( 67/178; 37,6%). Observou-se variação nos sorotipos ao longo do tempo, com maior prevalência do sorotipo 3 em 2011-2013, e a partir de 2014 o sorotipo 2,3 passou a ser o mais frequente. Além disso, todas as cepas testadas para pertactina demonstraram a presença desta adesina. Foram identificados 85 perfis eletroforéticos utilizando PFGE, dos quais BP.Xba.0163 (7,3%;13/178) e BP.Xba. 0178 (7,3%;13/178) foram os padrões mais prevalentes, predominantemente isolados em 2014 e 2015. Além disso, foi observada redução na diversidade dos perfis eletroforéticos ao longo do perÃodo de estudo. Após análise genômica, foram observados sete perfis genotÃpicos, dos quais ptxA1/ptxP3/fim2-1/fim3-1 foi o mais frequente, apresentando predominância após o ano de 2014. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses achados enfatizam a importância do monitoramento das caracterÃsticas fenotÃpicas e genotÃpicas de cepas de B. pertussis para apoiar estratégias de controle e prevenção.

