Caracterização da expressão de VCAN em câncer de mama é tema de dissertação

Getting your Trinity Audio player ready...

Autoria: Marília Sampaio Lemos Costa
Orientação: Karine Araújo Damasceno
Título da dissertação: “CARACTERIZAÇÃO DA EXPRESSÃO DE VERSICAN E SEU PROTEÓLITONOS SUBTIPOS MOLECULARES DE CÂNCER DE MAMA”.
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínicae Translacional
Data de defesa: 21/11/2022
Horário: 09h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 816 9953 5097
Senha de acesso: marilia

Resumo

A desregulação da matriz extracelular tem sido alvo de estudos para identificação de novos biomarcadores que estejam associados na carcinogênese. Nesse contexto, o versican (VCAN) tem sido estudado e associado com aumento de recidiva em pacientes com câncer de mama. No entanto, a literatura é escassa e não se estabeleceu correlação entre sua expressão e fatores prognósticos conhecidos. Em modelos experimentais observou-se que o produto da proteólise de VCAN, denominada versikina (VKINA), está correlacionada a infiltração tumoral de linfócito TCD8+. No câncer de mama, não há dados sobre sua expressão e correlação com infiltrado linfocitário (TILs), que é fator prognóstico e preditivo conhecido. O presente estudo investigou a expressão deste proteoglicano e seu proteólito nos subtipos moleculares de carcinomas de mama e buscou estabelecer correlação fatores clínico-patológicos e desfechos oncológicos. OBJETIVO: Avaliar a expressão e correlação de VCAN e VKINA com subtipos moleculares, com fatores clínico patológicos e desfechos de sobrevida em câncer de mama. MÉTODOS: Este estudo de coorte retrospectiva foi composto por pacientes diagnosticadas com câncer de mama invasivo de tipo não especial, submetidas a tratamento cirúrgico primário, acompanhadas em clínica privada, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2020. Foram coletados dados clínicos, patológicos e de tratamento. Foi realizado avaliação anatomopatológica e imuno-histoquímica (versican, versikina, CD4 e CD8) dos casos selecionados, sob técnica específica. Os valores de escore de VCAN e VKINA foram divididos em 3 categorias (baixa, intermediária e alta) para verificar seu comportamento nos subtipos moleculares. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FIOCRUZ/ CPqGM. A voluntariedade na participação se fez mediante a assinatura do TCLE. RESULTADOS: Setenta e duas pacientes foram elegíveis para participar do estudo. A idade média foi 59 anos. O estadiamento patológico mais frequente foi o I (48,6%). O subtipo luminal foi o mais comum (68,1%), seguida do HER2 (19,4%) e triplo negativo (12,5%). Na análise imuno-histoquímica, a expressão de VCAN revelou-se aumentado em todos os casos de câncer de mama. O escore final de VCAN foi maior nos subgrupos tumorais em relação ao grupo controle, especialmente os subtipos luminal e HER-2, com significância estatística. Na comparação entre as categorias de expressão do VCAN e as características clínicas e anatomopatológicas não foram identificadas associações significantes. Quanto a análise de VKINA, verificou-se diferença com significância estatística na expressão de CD8+ entre os escores categorizados de VKINA, sendo que o grupo com escore de VKINA superior ou igual a 142,5 apresentou maior infiltrado de CD8+ quando comparado ao VKINA inferior a 37,5. Contudo, VCAN e seu proteólito VKINA não apresentaram correlação com TILs, sobrevida global e sobrevida livre de recorrência. Conclusão: VCAN encontra-se superexpresso nas amostras de câncer de mama avaliadas comparadas as mamas normais, no entanto não foram observadas diferenças entre os subtipos moleculares. Além disso, os casos que apresentaram maior expressão de VKINA foram correlacionados a maior infiltrado de células CD8+, sugerindo um possível papel imunomodulador deste proteólito. Palavras – Chave: versican; verskina; matriz extracelular; câncer de mama.

twitterFacebookmail