Bioassinaturas de vias inflamatórias na leishmaniose tegumentar é tema de tese

Getting your Trinity Audio player ready...

Autoria: Hayna Malta Santos
Orientação: Valéria de Matos Borges
Título da tese: “Bioassinaturas de vias inflamatórias na leishmaniose tegumentar: um olhar integrado”
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 26/04/2022
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Tegumentar (LT) é uma doença parasitária que pode resultar em um amplo espectro de formas clínicas a depender de determinantes do hospedeiro e do parasito. Entender essas características nos diferentes desfechos clínicos é importante a fim de identificar novos alvos terapêuticos. Fármacos antimoniais pentavalentes, são a primeira classe de drogas utilizadas durante o tratamento das leishmanioses. No entanto, cerca de 45% dos pacientes apresentam falha na terapia no Brasil. Nesse sentido, a identificação de potenciais biomarcadores de gravidade de doença ou controle do parasito pode favorecer o desenvolvimento de terapias direcionadas ao hospedeiro que podem incrementar o manejo clínico de casos graves/complicados. OBJETIVO: Neste estudo, avaliamos biomarcadores de gravidade de doença e falha terapêutica em pacientes com leishmaniose tegumentar e o papel das resolvinas na resistência à infecção por Leishmania. RESULTADOS: Nossos resultados demonstram que pacientes com LCD apresentam uma ativação diferencial da via das poliaminas e aminoácidos quando comparados a LCL ou LCM podendo ser utilizada como biomarcador de gravidade de doença. Além disso, encontramos uma bioassinatura influenciada por proteínas plasmáticas e mediadores lipídicos que prediz com alta acurácia a falha terapêutica na LT. Experimentos adicionais in vitro utilizando neutrófilos humanos revelaram que a RvD1 promove a replicação intracelular da L. braziliensis, no entanto, o mecanismo por trás desse efeito ainda precisa ser investigado. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que as vias de produção das poliaminas e mediadores lipídicos podem ser utilizados como biomarcadores de gravidade de doença e falha terapêutica e que a RvD1 favorece a resistência do parasito, podendo em conjunto servir como uma potencial estratégia terapêutica.

Palavras chave: Leishmaniose Tegumentar, arginase, poliaminas, L. braziliensis, mediadores lipídicos, Resolvina D1.

twitterFacebookmail