Associação entre distúrbio do metabolismo glicídico e tuberculose pulmonar é tema de pesquisa publicada na Plos One

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12-Glucose-Metabolism-Disorder-Is-AssociatedNo artigo Glucose Metabolism Disorder Is Associated with Pulmonary Tuberculosis in Individuals with Respiratory Symptoms from Brazil, publicado no periódico científico Plos One, os especialistas descrevem como constataram que pacientes que possuem distúrbios do metabolismo da glicose, como o pré-diabetes e o diabetes mellitus têm maior fator de risco para contrair tuberculose pulmonar.

Em contextos de alta endemicidade, onde as duas doenças são altamente prevalentes, a associação entre diabetes mellitus e tuberculose pulmonar já havia sido comprovada, contudo, a associação entre esta infecção e o pré-diabetes (desordem metabólica da glicose) permanecia desconhecida. Sem esse conhecimento, a determinação dos grupos de risco da doença era dificultada e até imprecisa.

Liderada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Andrade, a equipe de pesquisadores mediu o índice glicêmico de 892 indivíduos que apresentavam sintomas pulmonares compatíveis com tuberculose, em um centro de referência no tratamento da doença. Após analisarem os dados coletados, juntamente com o histórico de cada paciente, foi possível concluir que aqueles com pré-diabetes possuíam maior risco de estarem com tuberculose pulmonar no momento da visita clínica para investigação diagnóstica.

Além de contribuir no âmbito da definição dos grupos de risco, a pesquisa sugere que, ao reduzir o índice glicêmico desses pacientes, existe uma potencial diminuição do risco de se desenvolver uma tuberculose pulmonar. Mostrou-se também que o nível alto de glicose no sangue é um fator de risco significativamente maior que o hábito de fumar, por exemplo.

O estudo foi fruto de parceria entre a Fiocruz Bahia, a Faculdade de Tecnologia e Ciências, Fundação José Silveira, o Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose, a Universidade Federal da Bahia e a University of Massachusetts Medical School (EUA).

Clique aqui para ler, na íntegra, o artigo publicado em abril de 2016.

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