Alunos da Fiocruz Bahia são indicados ao Prêmio Jovem Pesquisador da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), o MEDTROP. 

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Entre os dias 2 e 5 de novembro de 2025, João Pessoa será palco da 60ª edição do MEDTROP, um dos mais importantes eventos científicos dedicados às doenças tropicais e saúde global no país.

Nesta edição, o Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) celebra a indicação de seus estudantes ao Prêmio Jovem Pesquisador, reconhecimento que destaca talentos e contribuições científicas emergentes. Na categoria Graduação, o aluno Rodrigo André Santos Menezes foi indicado pela pesquisa “Soroprevalência para dengue e chikungunya em povos indígenas Pankaraé, Tuxá e Kantarué”, realizada no âmbito do Núcleo de Saúde Indígena (NESI).

O trabalho investiga a presença de anticorpos para dengue e Chikungunya em comunidades indígenas da Bahia, contribuindo para fortalecer o conhecimento sobre vigilância epidemiológica e saúde de povos tradicionais. O NESI, referência em pesquisa e promoção da saúde indígena no estado, atua diretamente nos territórios, promovendo ações integradas de cuidado, educação em saúde e produção científica.

Na categoria de Mestrado, apresentando o projeto “Alta prevalência de infecções pelo vírus Chikungunya em populações indígenas na Bahia”, também pelo NESI, Mariellen Santos de Jesus Souza, doutoranda do programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) da Fiocruz Bahia.  Mais do que um reconhecimento acadêmico, Mariellen sente a “oportunidade de dar visibilidade a uma temática de grande relevância em saúde pública e justiça social”

A estudante ainda ressalta que “o objetivo com esta pesquisa é contribuir para o entendimento da dinâmica das arboviroses em contextos vulneráveis, fortalecendo a vigilância epidemiológica e a equidade no cuidado à saúde de povos indígenas. Para ela, participar deste prêmio “reforça a responsabilidade da ciência comprometida com vidas, territórios e realidades que muitas vezes permanecem invisibilizadas”, conclui a jovem pesquisadora.

Com o título “Estratégias para o combate à desinformação sobre a doença de Chagas em Novo Horizonte e Tremedal na perspectiva do Projeto Oxente Chagas Bahia”, Larissa de Carvalho Medrado Vasconcelos, concorre ao prêmio na categoria Doutorado. A pesquisa faz parte do projeto da Fiocruz Oxente Chagas, coordenado pelo pesquisador Fred Luciano Neves Santos. 

“Me sinto feliz e lisonjeada pelo reconhecimento do trabalho da equipe e estou esperançosa que nosso projeto ganhe visibilidade porque a doença de Chagas é uma das doenças tropicais negligenciadas de grande importância”, afirma Larissa. 

Os Congressos da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), conhecidos como MEDTROP, reúnem anualmente profissionais de diversas áreas, como médicos, biólogos, farmacêuticos, veterinários e especialistas em saúde pública e vigilância em saúde. O evento é um espaço de integração entre pesquisadores, docentes e estudantes, promovendo a troca de experiências e a atualização científica em temas relevantes da Medicina Tropical.

Durante quatro dias de intensa programação, o MEDTROP aborda os principais desafios da saúde pública, como arboviroses, doenças endêmicas, resistência antimicrobiana e novas doenças emergentes. O congresso também destaca as ações do SUS e as estratégias de enfrentamento de patógenos após a pandemia de Covid-19, consolidando-se como o maior fórum brasileiro de discussão científica na área.

As indicações ao Prêmio Jovem Pesquisador reforçam o compromisso do IGM com a formação de novos pesquisadores e com a produção de conhecimento voltado ao enfrentamento das desigualdades em saúde no Brasil.

por Iana Motta

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