Ajuste de dose do tacrolimus em transplantados renais é tema de tese

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Autoria: Nadielle Silva Bidu
Orientação: Ricardo David Couto
Título da tese: “CINÉTICA COMPARTIMENTAL DO TACROLIMUS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS: AJUSTE DE DOSE, POSOLOGIA E CÁLCULOS FARMACOCINÉTICOS”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 21/09/2022
Horário: 09h30
Local: Sala virtual do Zoom
ID da reunião: 857 1170 7579
Senha de acesso: 272762

Resumo

INTRODUÇÃO: O tacrolimus é o imunossupressor mais utilizado na atualidade para evitar rejeição ao enxerto renal. Devido a estreita margem terapêutica e à alta variabilidade desse fármaco, a monitorização farmacoterapêutica é primordial para manutenção da concentração sérica nos níveis adequados. Os parâmetros farmacocinéticos do tacrolimus têm se mostrado serem fundamentais e de grande utilidade no monitoramento da concentração sérica OBJETIVO: Realizar o ajuste de dose do tacrolimus em pacientes transplantados a partir da cinética compartimental, com o intuito de reduzir os eventos de rejeição aguda do enxerto renal. MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos no estudo 53 pacientes transplantados renais em uso de tacrolimus. Amostras de sangue total foram coletadas no stead state após a primeira dose do tacrolimus e após três meses de realização do transplante. As concentrações séricas do tacrolimus foram obtidas utilizando-se o imunoensaio quimioluminescente de micropartículas
no sistema ARCHITECT-i e as concentrações de IL-2 foram obtidas por ELISA do tipo sanduíche. O ajuste de dose farmacocinético foi realizado utilizando a fórmula: concentração alvo dividido pela concentração obtida, multiplicado pela dose administrada. A análise farmacocinética foi realizada utilizando-se modelo não linear no software Monolix. A concentração sérica de vale do tacrolimus considerada terapêutica foi a faixa de 8 a 12 ng.mL1 . RESULTADOS: Foram analisadas 650 concentrações sérica de vale do tacrolimus. Destas, identificamos que 56,60% estavam na faixa terapêutica, 20,75% estavam subterapêuticos e 22,64% estava supraterapêuticos. O clearance total do tacrolimus estava de acordo com os padrões de referência, mas o volume de distribuição estava elevado. O ajuste de dose empírico equiparou-se ao ajuste de dose farmacocinético em 57,14% dos casos. CONCLUSÕES: A monitorização farmacocinética e farmacodinâmica do tacrolimus mostrou-se útil pois favoreceu identificar prováveis casos de rejeição ao enxerto renal. Além disso, a realização dessa monitorização pelo farmacêutico clínico favorece o suporte relacionado à identificação de eventos adversos e problemas relacionados aos medicamentos necessários ao acompanhamento completo do paciente transplantado renal.

Palavras-Chave: Tacrolimus, monitorização farmacoterapêutica, ajuste farmacocinético.

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