Discussão sobre resistência antimicrobiana foi um dos destaques do XIX Epimol

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O Curso Internacional de Epidemiologia Molecular em Doenças Infecciosas e Parasitárias Emergentes (Epimol) realizou sua 19ª edição entre os dias 21 a 26 de julho, na Fiocruz Bahia. Organizado pelos pesquisadores Mitermayer Galvão e Luciano Kalabric, da Fiocruz Bahia, e Joice Neves, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o curso apresentou os princípios básicos da epidemiologia molecular para epidemiologistas e profissionais de saúde. 

Essa edição teve um número recorde de participantes, inclusive de fora de Salvador. Entre inscritos, ouvintes e alunos dos programas de pós-graduação da Fiocruz Bahia, foram cerca de 100 participantes no evento. Foi também o segundo ano em que o Epimol contou como disciplina optativa para alunos da pós-graduação da instituição. 

Diversos temas como doença de Chagas, vigilância em tuberculose e o uso de geolocalização em epidemiologia foram discutidos nos seis dias de evento. De acordo com Luciano Kalabric, um assunto de relevância nesta edição foi o estudo sobre resistência antimicrobiana. “É um assunto que está se tornando uma discussão de importância nos últimos anos”, declarou. 

Para Mitermayer Galvão, esse tema foi uma prioridade no Epimol 2019, uma vez que em 2017 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o mundo todo precisaria priorizar trabalhos para entender resistência antimicrobiana. “Isso requer uma lógica que remete a “One Health”, que em português seria “uma única saúde”, na qual você envolve profissionais de saúde, veterinários e pessoas que conhecem do ambiente”, acrescentou o pesquisador. 

Segundo o professor da Universidade de Berkeley (EUA), Arthur Reingold, outro destaque foi o estudo de epidemiologia genômica que revelou a emergência global do vírus da zika, apresentado no curso por Nathan Grubaugh, professor-assistente da Universidade de Yale (EUA). “Mesmo que seja um tema que já foi apresentada em outras edições do Epimol, é importante mantê-lo atualizado”, salientou Reingold. 

Já para o professor da Universidade Case Western Reserve (EUA), Ronald Blanton, a constante atualização dos assuntos discutidos torna o curso tão importante e relevante no meio científico. Para Blanton, quando técnicas melhoram ou mudam, elas são discutidas no Epimol. “Técnicas que foram suplantadas, nós descartamos e não são mais discutidas, então é continuamente atualizado” concluiu.

 

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