Inscrições abertas para fórum sobre impactos do mofo na qualidade do ar interno

O fórum ‘Qualidade do ar e mofo nos ambientes internos: riscos para a saúde humana’ será realizado no dia 28 de março, das 14h30 às 17h30, na Fiocruz Bahia. O encontro tem como objetivo proporcionar uma visão abrangente sobre os impactos do mofo na qualidade do ar interno e na saúde, bem como apresentar soluções eficazes para sua identificação, remediação e prevenção. Interessados em participar podem se inscrever preenchendo este formulário, que é gratuito. As vagas são limitadas. 

O público-alvo é de profissionais da saúde; pesquisadores e acadêmicos interessados na temática; engenheiros, arquitetos e técnicos em edificações; fiscais da Vigilância Sanitária; gestores hospitalares e de ambientes públicos; empresas especializadas em controle ambiental; e profissionais da construção civil e manutenção predial.

A presença de mofo em ambientes internos representa um sério problema de saúde pública, especialmente em locais com alta umidade. Estudos científicos demonstram a correlação entre a exposição prolongada ao mofo e o aumento de casos de doenças respiratórias, imunológicas, demências e outras. Profissionais da área da saúde, engenharia, arquitetura e manutenção predial necessitam de conhecimento técnico para lidar com esse problema e implementar estratégias eficazes de mitigação.

O evento visa disseminar conhecimento técnico e científico sobre os riscos associados ao mofo e à qualidade do ar interno. Ao reunir especialistas renomados, o evento fornecerá um panorama completo sobre o tema, garantindo atualização profissional e aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos.

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Pesquisadora da Fiocruz Bahia coordena projeto para monitoramento da qualidade do ar no carnaval

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Nelzair Vianna, está coordenando o monitoramento da qualidade do ar, do Observatório do Clima, nos principais circuitos da folia, Osmar (Centro) e Dodô (Barra/Ondina). A iniciativa faz parte do projeto Carnaval Sustentável, da Prefeitura de Salvador. Dois equipamentos foram instalados, um deles no Campo Grande e o outro na Barra. 

Trata-se de um projeto que está contando pela primeira vez com equipamentos mais completos que conseguem medir todos os parâmetros previstos pela legislação brasileira do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Esta também é uma iniciativa do Grupo de Trabalho C40 para Qualidade do Ar em Salvador, que integra a rede C40 de Cidades para liderança do Clima, na qual Salvador é signatária de Ar Limpo. 

Ivan Euler, titular da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis), diz que a ideia é usar os resultados deste monitoramento para, cada vez mais, tomar decisões informadas e criar uma festa que, além de ser alegre e vibrante, também seja responsável e sustentável. “O Observatório do Clima é mais um passo em nossa busca por soluções que promovam um futuro mais saudável para Salvador e seus cidadãos”, afirma.

Monitoramento – Os equipamentos do Observatório do Clima irão medir tanto os gases como as partículas presentes no ar. O grupo de pesquisa responsável pelas observações registrará os dados numéricos coletados, de maneira isolada, e também fará uma interpretação desses dados com base nos Índices de Qualidade do Ar estabelecidos pela legislação, indicando se o ar está bom, regular, moderado ou em alerta para a saúde das pessoas. Essa indicação será ilustrada por cores.

Nelzair Vianna, que também é representante da capital baiana no GT do C40, além de fiscal da Vigilância Sanitária de Salvador, conta que o estatuto de festas populares em Salvador estabelece algumas regras e uma delas refere-se ao monitoramento das fontes emissoras de poluição do ar durante esses eventos, sendo esse item no decreto fruto do seu grupo de estudos. O projeto já está atendendo ao estatuto de festas populares.

“É importante monitorar o ar, especialmente para poder controlar riscos para a saúde e o ambiente, além de fornecer dados que possam ser usados futuramente no planejamento dessa festa no sentido mais sustentável possível. A partir do momento em que conhecemos o tipo de poluição e como ela está sendo gerada, podemos propor políticas para a mitigação, reduzindo a exposição direta aos poluentes e também a redução dos gases de efeito estufa”, explica a coordenadora.

Ventilação adequada – Segundo a pesquisadora, a partir das informações coletadas será possível pensar, por exemplo, em como melhorar a ventilação do circuito, reduzindo a concentração de poluição; sugerir que nos próximos carnavais os trios elétricos possam utilizar uma matriz energética mais limpa, a exemplo do biodiesel que, para os pesquisadores, representa um começo, pois o desejo é que os trios sejam literalmente elétricos; além de fazer um melhor planejamento sobre onde instalar os geradores na avenida, considerando a ventilação e o fluxo dos ventos. E sobretudo informar a população sobre medidas de proteção da sua saúde evitando a exposição aos locais de maior concentração desses poluentes.

“Veremos também com esse monitoramento a direção da poluição. A análise dos dados permitirá, por exemplo, verificar pela rosa dos ventos de onde está vindo a poluição. Isso pode ser importante para planejar a ventilação adequada da festa, para que essa poluição seja dissipada e cada vez mais reduzida”, complementa.

A iniciativa conta com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), Defesa Civil de Salvador (Codesal) e das secretarias de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro (SACPB), de Mobilidade (Semob), de Ordem Pública (Semop), de Cultura e Turismo (Secult), de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e da Saúde (SMS) e da ACOEM Brasil com apoio técnico.

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